Hoje, eu e a Gaby, do blog Ninguém merece, estamos começando um projeto criado por nós, ele se chama 'between thunder and scribbles' (que em português significa: entre trovões e rabiscos), e ele se baseia em que, todas as quintas-feiras (o dia da semana em que nos conhecemos) das segundas e últimas semanas de todos os meses, nós duas escrevemos um texto, baseado numa foto que nós mesmas tiramos ou não e também, na música que estávamos escutando no momento em que escrevemos, além de colocarmos uma frase que resume ou que tenha inspirado na 'obra de arte'.
Por ser o primeiro post do projeto, nós duas usamos a mesma foto (no caso um gif). Eu escolhi a música Asleep, junto com esse barulho de chuva. Eu simplesmente amo essa música, e ela significa muito para mim, tanto que merecia ser a música tema do meu texto, e o barulho, ele nos faz sentir que estamos dentro desse gif, e como amo o som da chuva, achei perfeito... Então, a música, o som da chuva e o gif vieram desse post do blog da Gaby e quero agradecer muito á ela por ter aceitado essa minha ideia de usar como inspiração o conjunto da música com o barulho da chuva juntos com o gif para escrever o texto. Bem, aqui está a música:
Bem, antes do texto, quero dizer que, para escrever ele, eu me baseei na história do Charlie (As vantagens de ser invisível), por que, principalmente, a música escolhida é a 'trilha sonora' da vida dele, e outra, eu acho que ele merece um texto, pelo jeito que ele escreve, enfim, achei que de qualquer forma, seria legal juntar meu sentimentos com 'os dele', pois me identifico muito com ele... Para escrever esse texto, além dessa imagem/gif, eu me inspirei nessa aqui também, a frase, escolhida para o final do post é a mesma do gif. Ah, recomendo que escutem a música e o som da chuva enquanto leem o texto, espero que gostem, e que estejam ansiosos para o próximo dia do projeto, assim como eu...
Os ventos uivavam pelos canos enferrujados que rodeavam a cidade. A chuva caia levemente no chão. Os trovões ajudavam na música que o temporal formara, uma música calma e tranquilizante. Ele via os letreiros da cidade pela janela, as cores se dissipando no meio de tanta água. Imaginava quantas pessoas tiveram a coragem de sair na rua sem guarda chuva, e quantas olharam para o céu, e resolveram levar, pro precaução. Depois de uns minutos, escutando a sua música favorita (a música que o fazia lembrar daquela fita que ele gravou para seu amigo, a música que o definia, que o aconchegava...) e olhando para lá fora, ele pensou em tudo que se passou no ano. Nos seus novos amigos, loucos, mas que se preocupavam com ele, nos livros que leu, que foram muitos, nas cartas que ele escreveu para seu 'Querido amigo', das vezes em que ele chorou, mas também nas vezes que ele sorriu, e aquela vez que ele se sentiu infinito... Tudo isso, não se passavam de histórias, lembranças que no futuro ele iria contar para seus filhos. De fotos antigas que ele mostraria e sorriria se lembrando do momento. Então, ele sentiu saudades de tudo isso, da época em que tudo era tão simples, da época em que ela podia falar tudo o que sentia para alguém que ele não sabia quem... Ele resolveu, mesmo que tudo tivesse mudado, que não iria deixar essa época passar, e virar uma simples lembrança, mas que ela continuaria viva. Então, ele pegou uma folha e escreveu 'Querido amigo', colocou todos os seu sentimentos, tudo o que sentia, se lembrou de tudo... E por fim, antes de colocar a cabeça no travesseiro, ele terminou sua carta com 'Com amor, Charlie'. E novamente, mas de uma forma diferente, não sabia explicar... ele se sentiu infinito.
"Sei que tudo isso não passará de histórias. E que nossas imagens se tornarão fotografias antigas. Todos nos tornaremos pais de alguém. Mas agora esses momentos não são histórias. Isso está acontecendo" As vantagens de ser invisível
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